As luzes do Advento

Disse Jesus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”.
É tempo de Advento! Acenda as luzes do seu coração.
Acenda as luzes que indicam que algo novo está acontecendo!
As luzes de Advento não querem indicar tempo de comprar.
Lembre-se que Advento é tempo de gestação!
Advento é tempo de gestar novos sentimentos, novos pensamentos, novas ações.
As luzes indicam tempo de conversão, de reorganização, de planejamento, de renovação de sentimentos, de pensamentos, de planejamento pessoal e comunitário.
Enquanto reorganizamos a casa, finalizamos tarefas do trabalho, somos desafiados e desafiadas a tirar um tempo para reorganizar o nosso coração, a nossa vida. Precisamos nos dar conta que ao viver o tempo de Advento já estamos num novo tempo.
O tempo de Advento marca o início do novo ano litúrgico, que continua com o tempo de Natal, Epifania, Páscoa, (pós) Pentecostes seguindo até o Domingo da Eternidade (Cristo Rei).
Ao fazermos uma visita que antecede o Natal, às vezes, temos a sensação de estarmos concluindo algo importante que precisava ser feito antes do final de ano. Na verdade, as visitas e outros gestos de amor, de solidariedade, realizados no período de Advento, simbolizam o início do tempo litúrgico em nossa vida.
O calendário litúrgico não está restrito à vida da igreja. O calendário litúrgico faz parte de nossa vida. Por isso, neste ano, viva cada época litúrgica sentindo a graça e o amor de Deus.
Geralmente, ao iniciar o culto, é informado o tempo litúrgico. Mas não celebre apenas na igreja! Celebre na igreja, na vida familiar e comunitária.
Se no Advento acendemos as luzes da vela na coroa de Advento, no Natal podemos acrescentar uma outra simbologia, que será substituída no tempo de Epifania.
Faça essa experiência de fé e espiritualidade e depois nos conte o quão transformador foi seu ano litúrgico.
Oração: Palavras de bênção para sua vida
Feliz seja quem tem a Luz da Vida, pois não vive na escuridão.
Feliz seja quem vive a solidariedade, pois enxerga as necessidades.
Feliz seja quem busca o direito, pois sabe que a justiça é promessa de Deus.
Feliz seja quem propaga vida a abundante, pois não destrói, nem rouba, nem mata (Jo 10.10).
Feliz seja quem sabe o que é amizade, porque socorre na adversidade.
Feliz seja quem vive em comunidade, porque aprendeu a partilhar o pão.
Feliz seja quem semeia a diversidade, pois reconhece a beleza da criação.
Feliz seja quem ama sem preconceito, porque aprendeu a amar como Jesus amou.
Feliz seja quem não semeia ódio, pois colherá palavras de amor.
Feliz seja quem não prega a mentira, pois entendeu que a fé é libertação.
Feliz seja quem anuncia o Evangelho, pois não semeia a guerra e sim, a paz.
Feliz seja quem sente a luz de Deus no tempo de Advento, pois se prepara para o Natal e para cada novo tempo que viverá, com a graça de Deus.
Amém.
Pa. Dra. Marli Brun – Orientadora Teológica da OASE Sinodal
Coordenadora do Programa de Gênero e Religião – Faculdades EST